sábado, 3 de dezembro de 2011

O amor nunca foi tudo

Quase inteira, tornou-se enfermeira.
Quis cuidar de alguém, que a chamasse de meu bem.
Conheceu alguém, em pleno vai-e-vem.
E ele veio, como foi. Embora todo o cuidado da jovem enfermeira;
Foi.

Um quase adeus estava escrito na testa dos demais.
E foi demais...

A jovem não conseguia dizer “oi” nem menos para tua avó que lhe entregava chá de ervas frescas.
O má jovem a fitou depressa segurando belas mãos de uma adorável senhora.
E um bilhete lhe deixou na porta: Desculpe-me ter ido embora, como um bom enfermeiro tive de cuidar de minha avó. Que estava prestes a falecer. E teu desejo mais saboroso era que me cassasse com minha prima. E casei. E hoje de preto estou a caminho de teu enterro. Ela morreu, mas vive em nós. E como boa enfermeira. Peço-te para que possa cuidar de minha mãe ao meu lado. Estou prestes a morrer também. Câncer. Cân-cei.

(Fernanda Lionetti)

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